Acho que me sentir bem em baixo da minha própria pele não é pedir muito.

domingo, 19 de maio de 2013

Minha avó, desenhos e garotas

Estou sendo uma grande decepção para minha avó. Ela descobriu meus desenhos que não mostro pra ninguém, e claro, não gostou do conteúdo, uma vez que trata temas como sexo, cigarros, bebida, bulimia, cutting... O meu mundo, que eu gosto de me libertar um pouco desenhando, é uma sensação ótima e pessoal.

Ela descobriu minha conta numa cantina perto de casa com as coisas que eu compro quando tenho uma compulsão, e é onde gasto a maior parte do meu dinheiro, é vergonhoso, fora alguma coisa de bebidas no meu facebook e enfim, parece que só o q ela não sabe é do cigarro, queria tanto valoriza-la como ela merece, mas eu não consigo...

Estou vivendo de forma muito intensa, como tudo na minha vida. Bulimicos têm uma dinâmica de tudo ou nada (comer muito-dietas restritivas), ou eu estou num desanimo, ou estou curtindo muito, ou igual o meu ano passado (morto) e esse ano (vivo), só que eu me sinto culpada por me permitir ser feliz antes de perder esse peso, pois eu me convenci que só poderei ser feliz quando for magra, é um jogo psicológico muito ruim oq eu faço comigo.

De qualquer forma, sair mais e ouvir mais de mim nesses ambientes em shows, baladas, faculdade, através se outros olhares e opiniões, estão me fazendo bem, as compulsões continuam, mas estou diminuindo aos poucos a quantidade de comida até que não seja necessário comer tanto e logicamente miar, sei que não será de uma hora para a outra, mas quero ir mediando isso até me convencer de perder peso devagar, principalmente porque estou lendo toneladas e toneladas de livros da faculdade (por escolha) para entender, e sei que o problema da Bulimia não é comer muito, mas comer pouco oq desencadeia uma compulsão, eu estou conseguindo!

quinta-feira, 28 de março de 2013

Atualizando

Fiquei um bom tempo sem postar nada, tantas vezes quis desabafar aqui, contar algumas novidades... Mas a minha vergonha vem me desencorajando a isso. Escrever de fato me faz muito bem, por isso vou lutar para não deixar que meus receios drenem de mim uma das poucas formas saudáveis de adquirir prazer.
Nesse tempo aconteceram muitas coisas, umas boas outras ruins, normal =p
Entrei na faculdade de NUTRIÇÃO! O meu sonho de sair disso e ajudar tantas Anas e Mias ainda existe em mim e é o que me move não no campo da profissão, mas me dá uma razão de existência!
Comecei a beber, de fato já fiz isso algumas vezes, mas sempre em ocasiões que não tinha muita escolha e menos ainda gostava, mas o pior é que me fascina fazer algumas misturas e o sabor em si, principalmente pq me deixa num efeito de hipoglicemia que é um estado que me agrada por lembrar de emagrecimento, não é algo saudável, mas sempre tive uma queda pela drunkorexia e essa ideia está ficando cada vez mais real e atrativa pra mim.
Cigarro. Não, eu não sou fumante, mas sim, eu fumo em eventos convenientes a isso, fumo em casa quando sozinha para não ter uma compulsão, fumo pra relaxar... Eu não me viciaria nisso (apesar de ter dito a mesma coisa a mim antes de colocar meus dedos na garganta pela primeira vez), de qualquer forma eu gosto do aroma e do tragar e toda vez que tenho uma compulsão, me amaldiçoo por não ter escolhido sair de casa pra fumar em um lugar reservado a ter comido...
Sinto que minha melhor amiga está se afastando de mim... Isso me dói tanto, justo ela que me salva e eu me importo de verdade =( Na faculdade, de inicio, achei que seria uma grande porcaria, mas estou convivendo com pessoas muito diferentes, com realidades mais, como posso colocar? Simples. Sem tantos pensamentos e problemas, querendo curtir um pouco, conhecer gente nova, cuidar da reputação, essas coisas, quanto mais se pensa, mais dificil é de ser feliz com coisas banais, fato.
Como se não fosse suficiente, estou sentindo algo por alguém... Justo eu que sempre penso em mim e apenas em mim, estou realmente sentindo uma coisa que eu não sei por uma pessoa. Não pode ser  amor, nem sentimento de apenas amizade... ainda é confuso, muito mesmo.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Correndo a noite


E eu estava conseguindo perder peso, 500g, no outro dia 600g, no outro 700g e então ao quarto dia estava realmente fraca, tinha acabado de me despedir do meu amigo e já era 21h, tinha tudo para apenas passar por aquele dia, comer um pedaço de queijo e deitar esperando o sono vir, confiante que logo ao acordar e correr para a balança, perderia mais peso e tudo valeria a pena, comeria alguma coisa a tarde e continuaria a caminhar para o meu sonho, mas não foi bem assim minha noite.
Lembrar a que ponto cheguei com esse inferno me assusta.
Comi. Um excesso é o argumento fundamental para uma compulsão.
No meio da noite eu saí, coloquei a minha roupa mais pratica e disse que encontraria uns amigos, saí correndo, como uma drogada em busca de mais uma dose.
Passei na padaria, comi uma empada, andei procurando um lugar com um banheiro sozinha na noite, tudo passando rápido e eu não conseguia me manter ereta, meus estômago estava muito cheio, olhava as pessoas felizes, que realidade tão distante...
Atravesso uma ponte, os caras mexendo comigo me deixaram com medo, mas não posso retroceder, eu começo a chorar soluçando pensando que eu poderia estar em casa, segura.
Sem pensar direito entro no Bob`s e no banheiro faço o meu máximo para não demorar ao mesmo tempo que tenho que tirar tudo aquilo de mim.
Olhos vermelhos chorando, suja, suor no rosto, me lavo e saio de lá ignorando os olhares as minhas costas.
Não tem ninguém a noite na rua, estou com medo, ligo para o meu melhor amigo e no meio da ponte o encontro, só consigo abraçá-lo e chorar, chorar, chorar...

Outras vezes depois disso, eu de pijama tenho uma compulsão e com a mesma desculpa, saio pelas ruas sozinha para sustentar meu maldito vício.
Não importa mais higiene.
Não importa mais segurança.
Não importa mais circunstâncias.
Não importa mais dinheiro.
As coisas estão realmente ficando ruins, minhas costas doem de tanto ficar curvada com uma mão segurando os cabelos e eu não consigo parar.
Estou com medo de mim...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Addicted


Estou viciada.
Então eu estou firme na minha dieta, leve fraqueza, nada de mais, só que vejo um alimento ou outro que me alertam a ideia de compulsão, são os tipos que mais gosto, e depois de muito lutar contra isso, acabo dando força àqueles últimos pensamentos e os como... Já que vou miar mesmo, acabo comendo tudo que posso, e depois de fisicamente satisfeita (minha mente nunca se satisfaz), busco os maus recursos para evitar o ganho de mais gordura.
Meu cotidiano é marcado por episódios assim que chegam a cinco vezes num dia, mas frequentemente é uma única vez,  e nessa semana me propus seguir a dieta que estabeleci sem a intervenção da Mia (que atrapalha do que ajuda) e tudo ia bem no primeiro dia, no segundo foi tudo ok até que chegou a tarde e olhei no relógio esperando passar o tempo pra dar horário pra comer, aquilo é uma eternidade.
Então as conversas no facebook não tem graça, levanto e toco a mesma música no teclado várias vezes em ritmo mais acelerado pela ansiedade, tento assistir tv, tendo sair pra varanda, mas está fiando mais forte, contraio meus músculos e minha mente grita que a porção de alimento da dieta que comerei não será suficiente, devo comer mais e miar depois, mas não quero decepcionar minha avó, não quero ficar de frente ao vaso, não quero mais me sujar naquele ambiente frio...
Meus movimentos ficam rápidos e compulsivos, ando pela casa sem rumo específico, minha irmã pergunta se está tudo bem e eu digo que sim querendo gritar por ajuda "eu quero ter uma compulsão agora, não me deixe" e me lembro que eu controlo meus músculos então não h´por que me humilhar com um pedido desses.
É físico, meu corpo treme levemente ansiando aquilo e não consigo manter um olhar normal, quero chorar e vou ao banheiro, meus olhos são de desespero, o que está acontecendo?
Uma mordida é o começo do fim do controle, eu vou até o final agora. Como, como, como, sento no pc, levanto e como mais, sinto dor, não consigo me mover direito, meu estômago esta muito cheio e sei que daqui a pouco irei miar.
Até esse dia não sabia dessa dependência, estou preocupada de verdade pela minha reação física em abstinência à Mia, exatamente, reação física, abstinência, mia... Estou fisicamente viciada e isso está saindo ainda mais do meu controle, se é que eu o tenho ainda.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Praia? Não, obrigada.

Amanhã estarei num lugar aonde já fui feliz: Praia.
Minha família tem casa na praia, então todo ano é a mesma coisa, no mesmo lugar... Exceto por dois anos atrás. (sim, eu revivo muito aquela época)
Quando era dia 31 de dezembro e tinha ido apenas eu e minha mãe, pois todos os outros já estavam lá, pesava 47,5kg e minha mãe ainda não queria que eu colocasse biquini, não posso culpa-la, pois pela minha estrutura óssea, ficava bem evidente.
Foi muito bom, lembro ainda da sensação de chegar, arrumar as coisas brevemente e me apressar para colocar um biquini e um short e sair, com orgulho. Isso ficou sufocado pelos meus pensamentos depressivos, na verdade, enterrei todas minhas boas lembranças e sensações pensando assim.
Um ano depois, já estava com 55kg, lembro-me de ter apenas tirado a blusa em casa e tomado banho de ducha, mas na rua eu não saia sem estar "protegida". Não foi confortável, nem livre.
Esse ano, eu não sei o que vai ser, consegui diminuir o peso que ganhei recentemente, tive que interromper a Mia pois a minha avó está muito na cola, meu estômago tem crise e meu piercing no lábio (que coloquei para parar) acaba me ferindo, afinal, a Mia mais atrapalha do que ajuda mesmo, e cortei os carbs, isso me "acalma" e não me deixa sucetível facilmente a uma compulsão.
Terei que manter o controle lá, pois há apenas um banheiro e minha avó, minha irmã e minha tia sabem, não quero estragar tudo e nem ter que digerir o fruto de um descontrole.

Sinto falta da minha Ana Maria... Ela sempre me motivava e agora poucas vezes nos encontramos on line, espero que esteja tudo bem com a minha flor. =)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Eu não sabia que era real

Junho de 2010, eu nunca havi feito aquilo antes, eu sabia que era errado, mas tudo bem, eu pararia ahora que eu quisesse, afinal, eu tinha controle sobre meus movimentos. Dois dedos na garganta eu pouco de vômito no vaso, eu não sabia, mas acabava de dar início à algo que mudaria minha vida pra sempre.
Claro que eu já sabia sobre os "riscos", mas não chegaria a tanto, só emagrecer e pronto, não iria ser mais a gordinha, a sombra da amiga bonita.
Pesquisa emagrecer, dietas, termogênico, laxante, diurético e numa noite me peguei pensando nisso "nossa, eu não pensei em nada além de emagrecer o dia todo!", mãe trabalhando muito como professora, irmã mais nova apenas vivendo sua vida. Ninguém notou.
Roupas largar em casa, eu estava fraca, minhas mãos geladas e meus olhos fundo, era inverno. Cortar calorias, aumentar os exercícios, agora nao conseguia mais fazer minha longas caminhadas. Dormir era o meu refúgio.
Mia? Naão usava muito, quando fazia era apenas nas COMEmorações em família. Emagrecendo e as pessoas notando, era em agosto, de 64 para 53, elogios...
Depois dos 50 minha família começou a cobrar. Aidética, Olívia Palito, Magrela... Eu ouvi da minha mãe enquanto me colocava de frente a um espelho. Claro, a sociedade não poderia saber qe eu estava "mal". É melhor você para com essa palhaçada. Eu não parei.
Mas tinham que me ver comendo, Mia. Peguei gosto por comida, mas não por engordar. Compulsão, purgação, não aguentava ficar ereta de tanto que comia.
Então parei de comer novamente, Setembro, cheguei aos 45, toda noite achava que não ia passar para o próximo dia, as roupas estavam largas, a balança mostrava, mas meus olhos não viam.
Outubro, meus batimentos estavam quase parando, nõ tinha forças pra ir à cozinha, desmaio no quarto.
Deus me dá uma chance.
Vou à uma nutricionista, duas consultas depois eu escrevo o que aconteceu à ela, ela me ajudou, eu a amo por isso. Confiei porque tinha um corpo perfeito, mas como pessoa era ainda mais linda.
Com o tempo, segui a dieta, Dezembro se despedindo. Estava com sede de viver. 2011 foi um ano magnífico: saí, beijei, muitas experiências novas na escola, entrei pra academia, me sentia bem comigo... Até que numa votação boba, de beleza, da minha turma me fez cair.
Minha amiga, em primeiro, e eu, que me esforçava tanto, uns dois votos. Emcasa, compulsão, miei.
Com o tempo, fui engordando, não suportava os espelhos da academia, me sentia bruta, saí e pra correr, não corri.
Arrependimento, é o que tenho. Meu ódio por mim me levou à auto mutilação, bater a cabeça forte no banheiro após miar, me arranhar, ainda nõ era o suficiente, alicate, estilete... Quando vi, isso tinha um nome: cutting.
2011 passou e meu 2012 foi: hipoglicemia (por causa das dietas para emagreces rápido), compulsão, Mia e só. Engordei e cheguei aos 61, mas já perdi um pouco. Perdi o meu 3° ano ficando fraca e me escondendo em casacos (mesmo passando mal de calor). Tentei me matar. Eu tinha tudo pra ser feliz igual ano passado, escolhi o inverso pois não me dou o direito de ser feliz enquanto gorda.
E agora estou eu, aqui, fraca, querendo que o ano começe bem e que eu possao fazer dele o melhor que já vivi, lutar a cada dia para vencer a mim mesma e obter glória.
Não quero mais repetir os erros, não, eu não quero...

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O dia em aprendi a demonstrar força, não ser forte

Quinta-feira, 09 de dezembro de 2012, essa data estava a me atormentar a mais de 3 meses. Eu a queria a mais de dois anos. Eu me arrependi para sempre por tê-la vivido daquele jeito...

                                                                                                                                                                 ...

Passei a noite em claro, havia tomado duas capsulas de cafeína, 2 diuréticos e mais dois laxantes, estava ansiosa pois no dia seguinte minha turma iria para um síto, o que significa pouca roupa, piscina...

Não levei biquini, sem chance, eu estava gorda demais para isso, ao menos fui de short, mesmo odiando isso (como já falei), perdi um pouco de peso para faze-lo.

O lugar era lindo, o dia estava quente e de começo me diverti com meus amigos, sabe, vôlei, risadas, brincadeira, ninguém estava ligando muito para o que fazia e falava, saíamos correndo no gramado sem nenhum objetivo certo, estávamos felizes... Mas a 10 minutos atras havia comido a mais no café que foi servido com uma desculpa de querer aproveitar ao máximo o passeio sem fraquezas. Falei que iria no quarto pegar uma pregadeira.

Gostei do banheiro, era bem discreto. Só saiu ácido, minha boca queimou e eu desisti. Frustrada, me cortei duas vezes (levei meu estlete velho) me prometendo que iria ter controle no almoço e aproveitar.

Mas a imagem que eu vi quando voltei foi de todos na piscina. Minha melhor amiga thinspo me olhou e me pediu desculpas pois havia falado que não entraria e ficaria comigo, pensei "tudo bem, meu anjo, você é magra e tem todo direito de ser feliz, por favor seja porque no seu lugar era o que eu faria", eu sorri com sinceridade.
Meu melhor amigo ficante perguntou se estaria bem ele continuar lá, algo pareceido passou pela minha mente. Não iria tira a felicidade daqueles que eu amo por culpas de falta de controle cometidas por mim, o sorriso deles estava tão lindo naquele dia, não queria estragar por nada nesse mundo, mas algo em mim estava crescendo e eu precisava de me refugiar por um período curto, antes que sentissem minha falta.

Cheguei no banheiro. Estava tão vazia que não conseguia chorar, o dia que eu esperava chegou, todos se divertindo e eu daquele jeito... Por que não pude aguentar não ter tido aquelas compulsões? Por que não fui à academia? Por que fui fraca? Por que não estou a nadar naquela água tão boa? Por que não me dediquei mais? Por que? Por que? Porque... talvez seja uma verdadeira perdedora.

Eu comecei a me desesperar, segurava meus cabelos forte, não sabia como extravazar tudo aquilo, não queria que eles sentisse minha falta, buscava só um momento para sentir minha dor, meus dentes rangiam e eu contrai a garganta ao máximo para não emitir sons.
Não queria que tivesse sido tão profundo, só percebi quando senti escorrendo quente dos meus quadris , a tampa do vaso havia formado uma poça de sangue e eu não sentia nem a dor, sete cortes horrendos no total, abaixei a cabeça após a sequencia de fortes golpes  e finalmente chorei, deixei meu estilete cair no chão junto dos meus sonhos para aquele dia. Eu perdi.
Dizem que a gente só sabe o quanto é forte quando ser forte é a única opção, eu não tinha escolha a não ser esconder, não sabia se conseguiria.
Limpei com dificuldade aquilo tudo e saí. Coração quebrado, vergonha, ódio, meu short ferindo meus cortes e um sorriso no rosto. Nunca pensei que poderia fazer isso, normalmente não disfarço quando estou mal, mas eu me recusava a fazer daquele dia, um dia menos que o melhor para quem eu amo, meus dois melhores. Ela era magra e ele tem um corpo divino, eles mereciam eu não, eu falhei e somente eu pago por isso.

Então não aguentei o calor, após uma pequena social, subi, arrumei uma blusa de um funcionário de lá e um maio que tinham esquecido, coloquei o maio, o short e a blusa (enoorme pra mim rs) e pulei na piscina. Esqueci do meu cabelo, esqueci da dor insuportável dos meus cortes em reação com o cloro, esqueci do que iam achar, esqueci de tudo e nadei muito, eu redescobri que amo nadar, me sentia leve e livre e meus amigos ficaram melhores ainda... Me senti como uma garota que não se importa mesmo, aquelas que eu tanto admiro.

O momento acabou, minha amiga foi embora, comecei uma compulsão, suportei a viajem de volta (era perto) continuei em casa, miei... saí do banheiro quebrada, após me vestir ansiei por estar de frente às minha teclas, queria falar para o meu teclado o que não poderia pra mais ninguem e chorei, chorei, chorei, enquanto meus dedos faziam das minhas melodias, música de fundo para minha dor, então deitei no sofá e me vinham imagens minhas felizes como magra naquele lugar.

Se eu não tivesse errado tanto não teria isso me torturando todas as noites até hoje. Eu sei agora como o arrependimento dói.

Por trás dos meus sorrisos, das minhas brincadeiras, das minhas atitudes, ninguém saberia de tudo que aconteceu e as coisas têm que ser assim para, de alguma forma, funcionarem.